“EU NAVIGATE” quer melhorar a qualidade de vida de doentes oncológicos mais velhos

O projeto “EU NAVIGATE” foi apresentado esta semana em Coimbra e pretende melhorar a qualidade de vida de doentes oncológicos mais velhos.

Para a exequibilidade do projeto EU NAVIGATE em Portugal, há três instituições, de Coimbra, envolvidas: o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, no recrutamento e acompanhamento dos “navegadores”, o Instituto Português de Oncologia de Coimbra E.P.E, na referenciação dos doentes, e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra a quem cabe o papel de coordenação. O objetivo primordial passa por identificar as necessidades dos doentes oncológicos mais velhos e dar-lhes respostas, maioritariamente, a nível psicossocial.

 “Ouvir as suas necessidades, aumentar a qualidade de vida dos doentes oncológicos mais velhos e assumir-se como um suporte social colmatando a solidão e o isolamento na defesa e autonomia do doente e sua família”. Entre tantos outros, foram estes alguns dos principais objetivos do projeto EU NAVIGATE, focados pela investigadora principal e coordenadora do projeto em Portugal, Bárbara Gomes, no lançamento oficial que se realizou na Antiga Estação Elevatória do Parque (Museu da Água), em Coimbra.

O projeto traduz-se num programa de acompanhamento de doentes oncológicos mais velhos, com 70 ou mais anos de idade, e da sua família, sendo que o apoio é maioritariamente de competência psicossocial.

O EU NAVIGATE será dinamizado no concelho de Coimbra e envolve duas “peças” fundamentais: os “navegadores” (voluntários criteriosamente selecionados e capacitados para o efeito e integrados, assim, na estrutura de voluntariado da LPCC.NRC), e os doentes oncológicos, referenciados pelo IPOC, que preencham os requisitos necessários, tornando-se, assim, elegíveis para usufruir deste apoio complementar aos cuidados oncológicos.

“Face a uma população cada vez mais envelhecida”, para Vítor Rodrigues, presidente da Direção da LPCC.NRC, “este projeto espelha a natural evolução das novas metodologias de intervenção social e comunitária”, frisando, ainda, que “os doentes têm de dizer o que precisam – este é, muitas vezes, o maior problema – para que, então, consigamos dar-lhes o que elas necessitam”, conclui.

Ao encontro desta ideia manifestou-se também, a presidente do Conselho de Administração do IPOC, Margarida Ornelas: “à medida que a doença progride há um aumento das necessidades do doente, que podem passar por algo tão simples quanto preencher um formulário. O «navegador» vai criar uma ligação com os doentes, vai «olhar através dos olhos do outro»”.

Liderado em Portugal pela FMUC, este projeto faz parte de um consórcio internacional financiado pela Comissão Europeia que inclui, também, a participação ativa de países como a Bélgica, Holanda, Irlanda, Itália e Polónia.

O projeto EU NAVIGATE tem a duração de cinco anos e foi aprovado com pontuação máxima no âmbito de um concurso lançado pelo “Cluster Saúde do Horizonte Europa”, um programa da União Europeia para o financiamento da investigação e inovação.

Até ao final do ano, a amostra planeada para Portugal é de 73 doentes, havendo a possibilidade de incluir mais 10 por autorreferenciação, ou seja, reunindo os requisitos para integrar o projeto, o próprio doente e/ou família pode candidatar-se para, então, ser verificada a elegibilidade da sua candidatura. Quanto aos “navegadores”, o objetivo é chegar aos 45.

Para candidaturas ao voluntariado (“navegadores”) no projeto EU NAVIGATE será necessário o preenchimento do formulário disponível aqui.

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