Sociedade

Santana Lopes propõe autonomia para a Figueira da Foz e apela à formação digital dos jovens

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, defendeu na passada terça-feira, 24 de junho, durante a sessão solene do Dia da Cidade, que o concelho deve ser tratado como uma “região autónoma” e que deve assumir-se como “terra de paz”. O autarca destacou ainda a importância de preparar as novas gerações para os desafios tecnológicos, apelando à inclusão da literacia digital como prioridade no próximo ano letivo.

A cerimónia, que decorreu no Grande Auditório do Centro de Artes e Espectáculos, incluiu a entrega de distinções honoríficas a 19 personalidades e entidades locais e contou com a presença de representantes de várias autarquias, da Assembleia da República, forças militares, entidades civis e associações.

Durante o seu discurso, Santana Lopes reiterou que, apesar da Figueira integrar a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC), “é preciso lutar pela sua presença” e reconhecer as especificidades do território. “A Figueira da Foz tem de ser, desde há muitos anos, gerida como uma região autónoma”, afirmou, sublinhando que tal não decorre de um sentimento de superioridade, mas da necessidade de afirmar a identidade local.

O presidente da Câmara defendeu ainda que “os tempos que vivemos exigem uma revolução no campo da educação”, com foco nas competências digitais. Anunciou que será prioritário, no próximo ano letivo, “formar os mais jovens para os desafios tecnológicos”, com especial atenção à inteligência artificial. “Queremos que a Figueira esteja na linha da frente neste domínio”, afirmou.

Ao encerrar a intervenção, Santana Lopes anunciou a proposta de declarar a Figueira da Foz como “Terra de Paz”, como forma de homenagear os valores da liberdade e da solidariedade. “Mal fica aos presidentes de Câmara não declararem os seus territórios como territórios de paz”, disse, lançando ainda o desafio de promover uma missão humanitária em Gaza.

A sessão contou também com a intervenção de Emílio Torrão, presidente da CIM RC e autarca de Montemor-o-Velho, que elogiou o trabalho do executivo figueirense, destacando a visão estratégica e os investimentos em áreas como a habitação, cultura, ciência e conhecimento. Torrão considerou que a criação do campus universitário da Universidade de Coimbra na Figueira da Foz “é o maior feito destes quatro anos” e um passo decisivo para consolidar o concelho como cidade universitária.

Durante a cerimónia foram entregues diversas distinções, incluindo medalhas de mérito social, cultural, industrial, técnico-científico, entre outras. Foram ainda homenageados funcionários aposentados da Câmara Municipal e colaboradores destacados da empresa Águas da Figueira.

O evento contou com momentos musicais interpretados por artistas e alunos do Conservatório de Música David de Sousa, da Escola de Artes do CAE e da Associação Pequenas Vozes da Figueira da Foz.

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